segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

o rasgar da folha

Quando escrevo palavras, não quero aplausos
quando me deixo viajar nos pensamentos, não quero interrupções
quando falo, não quero distracções
o que faço quando nao quero confusoes?

sentar me ao lado da tua palavra, já não posso
pois vives a fugir do meu texto
queimar te a criatividade só seria possivel
com um beijo
o beijo da lingua

e ao falar neste país
procurando os outros que já cá estiveram
só me vejo a mim
a falar da lingua portuguesa, que os tais outros nao quiseram

e agora se fosse ontem
eu nunca acreditaria no hoje
porque quando escrevo uma palavra
tu apagas e rasgas a folha