quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

6min 28 segundos

Desde cedo que me vi perder
de ceu azul descido me ergui ao desaparecer
por entre a chuva do horizonte
o meu choro nasceu, fez um rio
e pedia por uma ponte....

como cresci sem xegar à outra margem
estava privado de outros sabores
e o que tinha na mao parecia unico e excepcional
mas o que eu sentia era mais um sonho que nao queria ver acabar

posso falar da tua presença, cmo de uma ponte falsa se tratasse
e com a tua ausencia eu sentia me perdido e parava para pensar
nao chegava a nenhuma conclusao se nao a do fim...
a de me querer matar...

eu bem que observava a outra margem, nao me parecia muito diferente
mas tinham me bloqueado a passagem, enquanto eu estava preso
enquanto vivia no engano e tu minha ponte partida em bocados
levada para outros lados e eu sem caminho para regressar

fiquei longe de mim longe do desconhecido
fiquei sem conhecer o mundo nem a minha mente
fiquei mal e assim me senti ate hoje
voltando atras e imaginando tudo
porque mudar? tu eras o meu mundo

e de batidas tao fortes um dia tudo acaba por ruir
fiquei sem ponte nao sabia que mais fazer
ficar sentado a uma sombra à espera do dia morrer
nao tinha força para me levantar
nao queria caminhar
só chamava por ti....

mais tarde com o tempo, e no odio do amor
construi a minha propria ponte, descobri o outro lado
e cheguei a conclusao que tambem la estas
tanto aqui como ali sinto me mal, sinto me abandonado
sinto por incrivel que pareça saudade de por ali ter passado

ponte, que se fez e ergeu sozinha
se destroi no caminho de outra passagem
por mais que te queira esquecer
acabo sempre por te procurar na outra margem

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Ler nao é ser escrever nao é ver

Eu nunca poderei ser uma letra
nem resumir me numa palavra
nem fazer da minha vida uma frase
em que o texto é a minha estrada

eu caminho na vida
e o que sou aqui nao se repete
quando conto uma historia
a unica verdade é aquela que nao se sente

eu nao vivo o que digo
dificilmente o faria
nem perco tempo a me retratar

nunca o quis fazer
nunca o tentei
um texto nunca serei

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

olhar é a melhor forma de ver tudo ser nada









Por mais que eu tente ser racional e talvez nao o devesse
fico demasiado tempo a pensar sem chegar a uma conclusao
fico com uma sensaçao de insatisfaçao capaz de me levar À loucura
tenho uma certeza dentro de mim que me percorre o corpo e me faz sentir tonto de tanto a sentir, não é mais que a minha vontade que cada vez mais vive à parte, à parte de mim.
Não queria esquecer quem sou, ou quem julgava ser, não queria mudar de tal forma que quando me olhar ao espelho, não me conseguir reconhecer, o mais certo é partir, é quem sabe emigrar, partir,mas voltar, apenas para passear e vaguear dentro de mim, sem nada encontrar, apenas lembrar me que já estive aqui.
Se por acaso hoje morresse, era um momento que já era certo, mais certo de que tudo o que posso vir a imaginar, mais vale assim do que acabar na rua, a berrar por algo que poderia ter tido, a sofrer por algo que poderia ter sido, a morrer por alguem , alguem que conheci, com quem falei, alguem com quem me dei, mas nao me tornei, pois não venci, derrotei me antes do tempo e ´sozinho preferi esquecer, deitar me e dormir, sossegado por entre os meus medos, pedindo a deus uma luz, que poucas já lhe tinha pedido, dou por mim no escuro, escondido, sem ninguem, perdido, a pensar no que poderia ter sido....

Nao quero mais daquilo que mereço, nunca quis virar o mundo do avesso e assim conseguir algo com isso, só pedi um pouco disto ou pouco daquilo, e mais disto e mais daquilo, contentar nunca foi uma forma de eu ver a vida e agora contento me com a morte como se nao houvesse mais saida, mas se calhar ha, uma intermintente a da verdade a que marca o presente aquele que é o futuro e pelo qual somos lembrados, mas do que nos vale isso se tudo tem um fim? Não sei, nunca pensei vir a saber, apenas quando tudo acabar alguma razao tera tido o meu viver, até a razao do assassino tem que ser valida a morte desta pessoa mudou a vida da outra que por sua vez se cruzou com outra que mudou outra, nao acredito em coicidencias, acredito mais em hipoteses...tenho a hipoteses de ir para a esquerda ou para a direita, o resto das hipoteses depende do angulo que as vemos ou queremos ver, nao podemos ter mais do que nos oferecem, agora o que nos permitem ter é mais do que algum dia vamos alcançar, por isso ha sempre uma hipotese, ha sempre algo, que é dificil de conseguir, o tempo esta a passar, nao ha mais nenhum momento de sorte que nos leve de novo ao topo e nos faça ver o mundo de forma a sentirmos o seu volante, nao mais nenhuma maneira de ser alguem do que morto? nao é possivel renascer sem morrer? eu quero salvar o mundo quando nem ao espelho me consigo ver? eu fico a fazer nada e estar a fazer nada é por vezes muito mais dificil que fazer, porque ser mandando é normalmente facil de entender, por vezes estar quieto nao mexer e ficar certo que nenhum musculo pode contrair é mais dificil e mais complicado do que cumprir uma ordem para qual o humano nasceu para cumprir...se eu fizesse um desenho desenhava traços e mais traços de modo a defenir me porque numa folha branca nunca me conseguiria ver, porque o medo que me completa é escuro e sombrio que envolve qualquer alegria, tornando a morte e dor e custa e é dificil construir e mais dificil é se encontrar , como posso eu um dia ser, se nao controlo a minha mente e o meu pensamento me quer mudar, quer que eu seja vulneravel quer em mim entrar, quer que eu acredite no medo quer que eu nao tente vence lo, quer me ver a chorar, dentro da minha propria solidao encontrei a minha companhia é o vazio que preenche a minha vida, é o sonho que eu tinha e que vi desaparecer é a pessoa que eu queria ser e deixei de ver é o simples facto de sem sair de um sitio nao me conseguir encontrar, fico a fazer tanta coisa sem sequer fazer nada